terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pelos caminhos da Europa

Viajar. Esta palavra deverá, com toda a certeza, ter várias conotações para os mais variados tipos de pessoa, mas para mim é liberdade, é entrega, é conhecimento, é aventura, e é... bem podia ficar nisto a noite toda. Tal como os livros, viajar é um grande amor da minha vida.


A minha mais recente viagem foi à Polónia, mais concretamente à capital, Varsóvia, ao campo de concentração Auschwitz-Birkenau e à cidade do papa João Paulo II, Cracóvia. 

Bem, a primeira diligência foi, sem dúvida, um carro. Há várias opções para ir até Auschwitz-Birkenau, mas como viajar é liberdade, e não consigo visualizar melhor maneira de ser livre do que viajar num carro só para mim, o meu namorado e um GPS muito urso (que nos fez perder 3 km depois de sair do Aeroporto), peguei no meu Volkswagen Up alugado e lá fui eu. 

O hotel só ficava a 6 km do Aeroporto Frédéric Chopin, e, não sei bem como, pois se já foram a Varsóvia sabem que a avenida que liga a cidade ao aeroporto é completamente direita e óbvia, perdi-me com a ajuda persistente do meu GPS, mais conhecido por urso!

A segunda aventura do dia foi fazer compras num supermercado muito tradicional, onde o inglês é uma língua muito estranha, como o finlandês para os portugueses. Não conhecia a moeda, o que foi um desastre fazer perceber a senhora que ela se tinha enganado no troco, por sua vez ela achava que não tinha, e explicava muito feliz naquele seu polaco perfeito. Enfim!

A terceira aventura do dia, e não menos estúpida, foi a visita a um museu no centro histórico (http://www.zamek-krolewski.pl/en). O fantástica site não tinha os horários actualizados e cheguei mesmo na hora que estava a encerrar. Bem, fiquei pela excursão ao centro histórico da cidade, mas esta revelou-se bastante pobre de visualizações tirando algumas ruas mais típicas.






Ao segundo dia, estava pronta para recomeçar, agora já com as energias renovadas. Ainda assim, o senhor urso fez-me perder 6 km depois de iniciar a marcha e, foi assim, que simplesmente decidi mudar de mapa. Quatro horas e 300 km depois cheguei a Auschwitz-Birkenau. Nem queria acreditar!

Quem for visitar Auschwitz-Birkenau fica desde já está avisado que a visita guiada começa em Birkenau. Não façam como eu, que comecei em Auschwitz. Em Birkenau encontramos o museu, onde estão expostos os tão conhecidos pertences das vítimas e a partir daí a guia acompanha o grupo no autocarro até Auschwitz. Do museu ao campo de concentração são cerca de 3 km. Para entrar em Birkenau sem pagar por um guia tem que entrar antes das 10h ou depois das 15h, mas em Auschwitz pode entrar a qualquer hora do dia. Há vários idiomas à escolha dos visitantes, mas nem todos tem horários flexíveis, tendo apenas uma visita acompanhada por dia. As visitas guiadas estão estabelecidas, para os que optam pelo inglês, de hora em hora. (http://en.auschwitz.org/m/)

P.S. Se quiserem ir ao WC em Auschwitz, façam-se acompanhar de uns troquitos. No fim de 4 horas de viagem, parecia uma miragem como um oásis no deserto. 













Às 15h, dei por concluída a visita ao campo de concentração Auschwitz-Birkenau. Embora não tenha tido sorte em Auschwitz, tendo feito a visita sem acompanhamento especializado, em Birkenau tive uma guia excelente, que falava um inglês maravilhoso e era muito afável. No fim de um dia na Polónia, qualquer coisa que não fosse polaco, era simplesmente utópico. E sempre que via um espanhol ou um brasileiro, ganhava o dia. 

Segui para a Cracóvia, em mais uma hora de viagem, mas valeu a pena. Ao contrário de Varsóvia, a cidade de Cracóvia é fantástica, cheia de vida. Procedi de imediato ao reconhecimento do local, e o centro histórico é muito alegre à noite, com vendedores de rua, turistas, restaurantes cheios com empregados impecáveis a convidar para entrar. Os souvenirs são incrivelmente baratos e coloquei logo as prendas em dia. 





No terceiro dia, ainda fui ao Castelo Real Wawel (http://wawel.krakow.pl/pl/index.php), mas o dia estava chuvoso e ainda faltavam 4 horas de caminho para chegar a Varsóvia, por isso liguei o meu querido urso e pus-me a caminho. Cheguei por volta das 16 à capital e como ainda faltavam 5 horas para o voo, decidi ir ao Pałac Łazienkowski (http://www.lazienki-krolewskie.pl/), que era gratuito à quinta-fª. 


Às 19h já estava tão cansada, que quando cheguei ao avião, liguei o tablet, coloquei A rapariga que roubava livros a dar e, ao fim de três dias, descansei, sem mapas, sem horários, sem preocupações, enfim. 

Se gostaram ou nem por isso, deixem o vosso comentário. Obrigada!



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