terça-feira, 16 de setembro de 2014

D. José, um rei na sombra de um ministro

Rei D. José I
Filho de D. João V[1] e de D. Maria Ana de Áustria, D. José, vigésimo sexto rei de Portugal, nasceu a 6 de Junho de 1714, em Lisboa. O seu baptismo ocorreu a 27 de Agosto do mesmo ano, sendo afilhado de Luís XV e da Imperatriz Isabel Cristina. Até aos cinco anos, a educação do príncipe herdeiro esteve ao cuidado da sua mãe, sendo depois substituída pelo seu confessor jesuíta[2], o padre António Stief, nas lições de Latim e Manuel Pimentel no ensino da Geografia e da Náutica.[3] Para além destas matérias, o príncipe ter-se-á interessado pela arte da música, nomeadamente, a ópera italiana. Todavia, a educação do jovem ainda não se encontra legitimada e continua a levantar dúvidas, nomeadamente se era fluente em línguas, como o francês.


Aos 14 anos, D. José celebrou o seu casamento com D. Mariana Vitória de Áustria[4], a 19 de Janeiro de 1729, em Elvas, de quem teve quatro filhas: D. Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana[5], em 1734, D. Maria Ana Francisca Josefa, 1736, Maria Francisca Doroteia, em 1739 e, por última, D. Maria Francisca Benedita, em 1746. Os primeiros anos do matrimónio foram felizes, mas, no início do reinado, as relações começaram a deteriorar-se devido aos ciúmes incessantes da rainha.



Com a morte de seu pai D. João V, a 31 de Julho de 1750, pondo cobro a um longo reinado (1706-1750), D. José foi aclamado rei de Portugal, no Paço da Ribeira. Não tardou a rodear-se de pessoas da sua confiança, destacando-se o ex-diplomata Sebastião José de Carvalho e Melo, o seu secretário dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, futuro primeiro-ministro (1756), a quem concedeu os títulos conde de Oeiras, em 1759, e de marquês de Pombal, em 1769. Pouco tempo depois, o governo parecia estar entregue a este, aniquilando qualquer oposição[6], o que não agradou à velha nobreza. Começou, assim, a luta entre o ministro e a nobreza. Um ano depois da ascensão de D. José, o embaixador austríaco relatava «O rei gasta o mais do tempo na caça, em cavalgadas, jogos, concertos e diversões, deixando Carvalho, em quem põe absoluta confiança, inteiramente senhor do poder».[7]
Marquês de Pombal, nome pelo qual ficou conhecido o primeiro-ministro do rei D. José I, nasceu a 13 de Maio de 1699, em Soire, no seio da pequena nobreza, filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de Teresa Luísa de Mendonça e Melo. Tinha doze irmãos dos quais haviam dois a quem era muito ligado: Francisco Xavier de Mendonça (1700-1779) e Paulo de Carvalho e Mendonça (1702-1770).

Após a morte de seu pai, com cerca de 20 anos, Sebastião José decidiu frequentar a Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Em 1723, contraiu matrimónio com D. Teresa de Noronha e Bourbon de Mendonça e Almada e, uma década depois, em 1733, integrou a Real Academia da História. Foi embaixador do rei Magnânimo em Londres de 1739 a 1743, e em Viena de 1745 a 1749. Em 1745, após a morte de Teresa, casou com D. Maria Leonor Ernestina de Daun, em segundas núpcias, o que lhe permitiu a descendência desejada que não conseguiu com a sua primeira mulher (cinco filhos). Para além disso, Sebastião conseguiu entrar na nobreza austríaca e conhecer um novo mundo político, onde «bebeu os grandes princípios do Despotismo Iluminado que haveria de aplicar no seu regresso ao País». Ou seja, ambicionou fazer em Portugal o que tinha visto no estrangeiro, nomeadamente na Inglaterra.

Foi na sequência do Terramoto de 1755, Sebastião José de Carvalho e Melo teve a oportunidade de mostrar a sua capacidade de liderança e raciocínio, o que não passou despercebido ao monarca português, acentuando o poder do seu ministro.[8] Um ano depois, Sebastião deixou a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e ocupou a Secretaria do Reino.

Entre outras medidas, Sebastião José colocou pessoas à disposição para mover destroços das ruas, distribuiu mantimentos pelos bairros de Lisboa, determinou o regresso dos moradores às suas funções para abastecer a cidade e puniu aqueles que se aproveitaram da desgraça para roubar bens das igrejas e das casas.
«Os efeitos sobre o património edificado foram devastadores, afirmando-se pouco depois da ocorrência que mais de dois terços da cidade se encontravam inabitáveis. A esmagadora maioria das cerca de quatro dezenas de igrejas paroquiais da cidade ficou destruída ou em risco de ruína. Todos os grandes hospitais soçobraram. Destruídos ficaram a maioria dos edifícios da administração central e das alfândegas (…) as edificações mais emblemáticas de D. João V e de D. José na cidade (…) Fala-se na destruição de trinta e três palácios (…) o mesmo destino tiveram cerca de dois terços dos mosteiros da capital. Pode estimar-se que também tinha sido destruído o recheio da maioria dos grandes edifícios reais, eclesiásticos e nobiliárquicos (…) pinturas, mobiliário, livrarias e peças em ouro e prata».[9]

Cartaz publicitário da Companhia Geral
da Agricultura das Vinhas do Alto Douro
Ainda no rescaldo do Terramoto de 1755, Sebastião José deparou-se com uma nova situação que precisou da sua acção rápida e eficaz. Os ingleses, na tentativa de tornar o vinho do Douro mais forte, aumentaram o teor alcoólico deste, baixando a qualidade do vinho, assim como o seu preço no mercado entre 1750-1755. Para torná-lo de novo rentável, Carvalho criou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, instituída a 10 de Setembro de 1756 por alvará do rei D. José I[10]. Contudo, a criação desta não foi pacífica, levando ao motim no Porto, no dia 23 de Fevereiro de 1757. Os amotinados foram julgados, resultando dos 462 suspeitos, 26 condenados à morte e 87 condenados a várias penas. Sabe-se que Carvalho acompanhou todo o processo com grande detalhe, aprimorando pelo rigor da punição daqueles que se insurgiram. Entre aqueles que se opuseram a Sebastião José encontramos nomes como António da Costa Cardoso e os irmãos Amaro Francisco Guimarães e Domingos Francisco Guimarães, que foram desterrados para o Alentejo, onde ficaram proibidos de usarem novamente o ofício de mercadores.  
«Viva el-Rei de Portugal
E viva o nosso chanceler:
Porém não a Companhia
Porque o povo não a quer!»[11]
  
Em Setembro de 1758, o monarca foi alvo de um atentado quando regressava ao palácio de um encontro na casa da sua amante D. Teresa de Távora e Lorena, a marquesa de Távora, esposa de Luís Bernardo de Távora. Começava aqui o processo dos Távoras. [12]

D. José herdou do seu pai D. João V a fogosidade, mas procurou sempre uma ponderada e reservada vida amorosa, excepto com esta dama da corte. D. Mariana Vitória não escondia o seu sentimento de resignação face aos rumores[13].

                       
Este atentado tinha como objectivo substituir o rei D. José I pela sua filha D. Maria e serviu como pretexto a Pombal para uma enorme repressão contra as grandes casas nobres de Portugal. As investigações sobre a tentativa de homicídio ao monarca duraram meses e prevaleceu em sigilo até serem indiciados os duques de Aveiro, o conde de Atouguia, alguns elementos da família Távora (destacando-se a marquesa de Távora, como principal instigadora junto da restante família Távora) e outras figuras de destaque da nobreza portuguesa. Estes foram culpados pelo crime “Leza Magestade” e condenados à pena máxima – a morte. A marquesa de Távora foi degolada sem ser ouvida e os restantes elementos condenados foram mortos de forma dantesca. Demorou dez horas este espectáculo horrível, que terminou com uma fogueira imensa.
Desenho do atentado de D. José I
Patíbulo de Belém com a execução dos Távora e Aveiro

O despótico marquês de Pombal soube aproveitar o atentado ao monarca português para expulsar os Jesuítas do país[14], nomeadamente figuras como Padre Gabriel Malagrida, João de Matos e João Alexandre. Talvez estes não tivessem uma acção directa no atentado, mas «está fora de dúvida a sua acção em criar uma atmosfera geral de medo e de ódio contra o poderoso primeiro-ministro até ao ponto de interpretar o terramoto como castigo de Deus pelos seus crimes».[15]

«Declaro os sobreditos regulares na referida forma corrompidos, deploravelmente alienados do seu santo instituto, e manifestamente indispostos com tantos, tão abomináveis, tão inveterados e tão incorrigiveis vícios para voltarem à observância dele, por notórios rebeldes, traidores, adversários e agressores que têm sido e são actualmente contra a minha real pessoa e estados, contra a paz pública dos meus reinos e domínios, e contra o bem comum dos meus fiéis vassalos, ordenando que como tais sejam tidos, havidos e reputados, e os hei, desde logo, em efeito desta presente lei, por desnaturalizados, proscritos e exterminados, mandando que efectivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios para neles mais não poderem entrar».[16]

Foi na década de 60 que Pombal se notabilizou pelas suas reformas; no ensino, criou do Real Colégio dos Nobres, em 1761, a Junta da Previdência Literária, em 1768, e o Subsídio Literário, em 1772; no sector financeiro, concebeu o Erário Régio, em 1761[17]; e no sector judicial, criou a Intendência-Geral da Polícia. Nestes últimos sectores, o objectivo era controlar o sistema através de um organismo centralizado. Para acabar com a influência do clero criou, em 1768, a Real Mesa Censória, atribuindo ao Estado o controlo do Tribunal do Santo Ofício[18].

Na política externa, Portugal tentou a neutralidade face à Guerra dos Sete Anos, entre a França e a Inglaterra, mas, perante a recusa de Portugal em prestar auxílio à França (Pacto de Família), as tropas espanholas e francesas invadiram o território português pela fronteira de Trás-os-Montes, em 1762. 

Para retaliar a invasão, marquês de Pombal contratou o conde Wilhelm von Schaumburg-Lippe (Conde de Lipe) para comandar as tropas portuguesas e recebeu a ajuda inglesa e suíça. Assim, «os Portugueses conseguiram resistir no Norte e obrigar os invasores à retirada. Na Beira e no Alentejo, novas invasões conduziram a idêntico resultado». A paz veio um ano depois com o Tratado de Paris. 
O rei Reformador, que viveu na sombra de Pombal, morreu dia 24 de Fevereiro de 1777, em Lisboa, vítima de uma apoplexia, estando sepultado na igreja de São Vicente de Fora. No seu reinado foi abolida a escravatura e tomaram-se medidas para acabar com o tráfico de escravos. Todavia, é facilmente um reinado associado ao seu secretário de Estado, um homem bastante activo na área política, do que a D. José, que privilegiava os entretenimentos, como a caça e a ópera[19].

D. Maria I
Após a morte do monarca, Marquês de Pombal foi demitido a 4 de Março de 1777 por decreto-régio[20]. Dois anos depois, foi acusado de corrupção e abuso de poder, sendo condenado ao desterro, em 1781. Morreu um ano depois, «em Pombal, fosse de pedra biliar, fosse de edema dos pulmões, ou da simples nostalgia em que a corrupção física se baseia.»[21]

Após a morte de D. José I, seguiu-se D. Maria I, a Piedosa, no trono português. Apregoou a Viradeira, um movimento para pôr foi o fim do Pombalismo e afastou Marquês de Pombal da corte portuguesa. Com a sua morte pouco tempo depois do seu desterro, encerrou-se um capítulo da História de Portugal, mas o povo jamais esqueceu a tragédia dos Távoras.
      
    



[1] D. João V, cognominado o Magnânimo, nasceu a 22 de Outubro de 1689, em Lisboa, filho de de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuburgo. Subiu ao trono em 1706, após a morte de seu pai a 9 de Dezembro do mesmo ano, em Lisboa. Casou com D. Maria Ana de Áustria, a 9 de Julho de 1708, com quem teve seis filhos, entre eles D. José (futuro D. José I). Faleceu a 31 de Julho de 1750. 
[2] Os jesuítas, no reinado de D. João V e depois de D. José I, detiveram, até à sua expulsão do país, um papel importante nos bastidores da corte. A rainha D. Mariana Vitória possuía um confessor jesuíta, assim como o seu esposo, o monarca D. José.
[3] Com a morte de Manuel Pimentel em 1719, Manuel da Maia assume o seu lugar na educação do jovem príncipe. Este terá um papel de destaque após o terramoto de 1755 na reconstrução da cidade de Lisboa.
[4] Filha de Filipe V e de Isabel de Farnésio, D. Mariana Vitória nasceu a 31 de Março de 1718, em Madrid, e faleceu a 15 de Janeiro de 1871, em Lisboa.
[5] A futura D. Maria I nasceu a 17 de Dezembro de 1734, em Lisboa, e foi a primeira rainha reinante de Portugal, após a morte de seu pai, D. José, a 24 de Fevereiro de 1777. Contraiu matrimónio com o seu tio D. Pedro em 1760, de quem enviuvou muito cedo. Durante o seu reinado tentou emendar os erros de seu pai, acabando com o despotismo pombalino e repondo a inocência à família Távora (Viradeira). Infelizmente, sucessivos acontecimentos trágicos abalaram a sua saúde mental, levando o seu filho, o futuro D. João VI, assumir a regência do reino em 1799. Faleceu no Rio de Janeiro (Brasil), a 20 de Março de 1816, com 82 anos, após ter embarcado com toda a família real para a colónia brasileira, em Novembro de 1807, na sequência das invasões napoleónicas.
[6] «Até ao fim do seu governo, Pombal continuou a perseguir os nobres, o clero e quaisquer outros que ousassem combater a sua política despótica» in OLIVEIRA MARQUES, A.H, História de Portugal – Desde os tempos mais antigos até ao governo do Sr. Pinheiro de Azevedo, Palas Editores, Lisboa, 1977, p. 572
[7] SARAIVA, José Hermano, História concisa de Portugal, 25ª edição, Publicações Europa-América, Lisboa, 2011, p. 241
[8] «A história faz-lhe inteira justiça quanto às providências de governo que, postas em imediata execução, levaram a reconstruir Lisboa e a atender as carências e dores da atingida população» in SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal – O Despotismo Iluminado (1750-1807), volume VI, Editorial Verbo, Lisboa, 1980, p. 28
[9] MONTEIRO, Nuno Gonçalo, D. José – Na sombra de Pombal, Círculo de Leitores, Lisboa, 2006, p. 82
[10] «Sendo o principal o objectivo desta Companhia sustentar a reputação dos vinhos, a cultura das vinhas, e beneficiar ao mesmo tempo o comercio que se faz neste genero, estabelecendo para ellle um preço regular, e que resulte competente conveniência aos que fabricão, e respectivo lucro aos que nelle negocêão, evitando por uma parte os preços excessivos, que, impossibilitando o consumo, arruinão o genero; evitando pela outra parte que este se abata com tanta decadencia, que aos lavradoures não possa fazer conta sustentarem as despesas annuaes da sua agricultura». in ARAÚJO, Francisco Zacharias de, Vinhas do Alto Douro, Impresso por L. Thompson na Officina Portugueza, Londres, 1826, pp. 40-41  
[11] Quadra popular de 1757.
[12] Leonor de Almeida de Portugal Lorena e Lencastre, filha do 2º marquês de Alorna, e neta dos marqueses de Távora, foi enclausurada aos 8 anos no mosteiro de Chelas até 1777, ano do afastamento de Marquês de Pombal na sequência da morte do rei D. José I. Permaneceu encerrada com a sua mãe e irmã durante dezanove anos e, após a sua soltura, casou com com o conde Carlos Augusto de Oeynhausen. Foi na sequência deste casamento que contactou com as cortes europeias. Em 1813, recolheu-se definitivamente no seu país, onde veio a falecer a 11 de Outubro de 1839.
[13] «É verdade que o rei monta bem; mas creia que monta ainda melhor quando está com vossa filha» in LOURENÇO, Paula, PEREIRA, Ana Cristina e TRONI, Joana, Amantes dos reis de Portugal, 8ª edição, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2011, p. 201
[14] Sebastião José de Carvalho ficou co uma impressão negativa face aos Jesuítas devido às cartas enviadas pelo seu irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado do Brasil: «Quero ultimamente acabar de discorrer e tomar o tempo de V. Exa. Com este cansado, absoluto e prejudicialíssimo poder dos Regulares, porque, sendo ele sem dúvida a total ruína deste Estao, e o que há de obstar ao progresso de quantos estabelecimentos nele se quiserem fazer […]» in MONTEIRO, Nuno Gonçalo, D. José – Na sombra de Pombal, Círculo de Leitores, Lisboa, 2006, p. 77
[15] OLIVEIRA MARQUES, A.H, História de Portugal – Desde os tempos mais antigos até ao governo do Sr. Pinheiro de Azevedo, Palas Editores, Lisboa, 1977, p. 571
[16] SILVA, António Delgado da, Collecção da Legislação Portugueza, Typografia Maigrense, Lisboa, 1830, pp. 714-715
[17] «Dom José […] Faço saber aos que esta Minha Carta de Lei virem, que tendo o estabelecimento, conservação, e aumento das Monarquias[…] huma essencial, e indispensável dependência da regular e exacta arrecadação das Rendas que constituem o Erário Público; porque sem se fazer efectiva, e prompta a entrada das sobreditas rendas, para serem com o mesmo efeito, e promptidão [remetidas] às respectivas destinações; nem a Authoridade Régia se pode sustentar com esplendor, que he inseparavel da Magestade; nem os Ministros que compõem os Tribunais, Auditorias de Graça, e Justiça, podem manter decorosamente a dignidade […] nem os Militares que constituem a força, e o respeito dos soberanos, e a segurança dos Povos se podem conservar;» in Dom José por graças de Deos Rey de Portugal… Faço saber aos que esta minha carta de ley viram, que tendo o estabelecimento, conservação e augmento das monarchias. 1761, Lisboa, Chancellaria Mór da Corte e Reino  
[18] «Dom José […] Faço saber, que no meu Tribunal Real Mesa Censoria foi denunciado hum livro intitulado Memoire sur les libertés de l’ Eglise Gallicane, que se diz impresso em Amesterdam na Officina Arkstée, e Merkus no anno de 1755 em hum Tomo de oitavo: Mostrando-se que este livro he hum daqueles , que impoe com o titulo;» in Dom José por graça de Deos Rei de Portugal, … Faço saber que no meu Tribunal da Real Meza Censoria foi denunciado hum livro intitulado Memoire sur les libertés de l’Eglise Gallicane, 1769, Lisboa, s.l. 
[19] «Para a historiografia musical portuguesa, o reinado de D. José I tem sido tradicionalmente sinónimo do florescimento da ópera em Portugal como instrumento de propaganda do poder régio, em correlação com o processo de secularização da vida política e cultural, por oposição ao reinado de D. João V, que centrou a sua política musical no cerimonial religioso.» in FERNANDES, Cristina, «A música sacra no período pombalino», Revista Camões, nº15/16, 2003, p. 87
[20] Marquês de Pombal não gostava da futura rainha D. Maria I, nem do seu marido, Pedro de Bragança (uma personagem de destaque na Nobreza portuguesa), logo não seria de esperar outro desfecho senão a sua saída do poder.
[21] BESSA-LUÍS, Agustina, «Memórias Pombalinas do marquês de Bombelles», Revista de Camões, nº 15/16, 2003, p. 6

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