quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Galba e Otão, segundo Plutarco

No restrito tempo de um ano, quatro foram os imperadores que governaram Roma – Galba, Otão, Vitélio e Vespasiano. 

Após o afastamento de Nero, Galba foi aclamado imperador com o apoio do povo, contudo demorou algum tempo a aceitar esta nomeação. Só após a morte de Nero, anunciada por Ícelo, Galba aceitou o seu destino na liderança de Roma. Desde o momento em que ascendeu a imperador romano, Galba enfrentou algum descontentamento por parte dos soldados, pois Nínfidio Sabino tinha prometido a estes uma quantia de dinheiro impagável para apoiarem Galba. 

Para além da oposição dos soldados, Galba ainda tinha de tratar da sua descendência. O imperador romano não tinha filhos e a sua idade era pouco promissora para a fecundidade (Galba chegara mesmo a ser motivo de gozo pela sua velhice), portanto decidiu adoptar um filho para o seguir. Vínio propôs Marco Otão com o intuito de este casar com a sua filha, todavia, a escolha de Galba recaiu sobre Lúcio Calpúrnio Pisão Frúgi Liciniano.

Anunciada a sucessão de Pisão a Galba, Otão começou o processo que originaria o homicídio de Galba e do seu filho adoptivo. Os soldados, revoltosos, começaram por aclamar Otão no Foro e procederam ao assassínio de Galba e Pisão. No entanto, a ascensão de Otão rapidamente se transformou em queda quando Vitélio também foi aclamado imperador. A guerra avizinhava-se, pois um acordo fora impossível. Foi na batalha de Betríaco[3] que estes se confrontaram para decidir o futuro de Roma e Otão perdeu, suicidando-se de seguida. 

Segundo Plutarco, os soldados foram os grandes culpados pela sucessão e queda repentina dos imperadores. Eram fracos, ambiciosos, arrogantes, boémios e não tinham experiência de guerra. Vão ter um papel determinante na história.

Por fim, o último imperador desta saga foi Vespasiano, que encomendou aos seus soldados a morte de Vitélio e lançassem o seu corpo ao rio Tibre. Vitélio governou apenas por oito meses, mas foi o suficiente para ficar conhecido pela sua crueldade. 

Vespasiano iniciou a dinastia dos Flávios e a estabilidade retomou a Roma.




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